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Linha 1: Capital imaterial: produção e circulação de saberes


A(s) cultura(s) constitui(em)-se a partir da diversidade de sujeitos sociais que se forjaram numa íntima relação familiar, comunitária e com a natureza, bem como a partir de processos de colonização e resistência, e inauguraram novas e singulares formas de organização social. Uma vez que a produção e circulação de saberes e fazeres pode ser compreendida na perspectiva da contradição, apreende-se que a cultura está no epicentro de processos educativos formais e não formais.

Esta linha problematiza a dimensão cognitiva da cultura, abrigando iniciativas que investiguem saberes, ciências e tecnologias, artes e linguagens, derivadas ou não de práticas tradicionais, e políticas públicas e ações privadas de intervenção na sociedade, bem como processos de apropriação e conflito.

As reflexões aqui apontadas lançam mão da perspectiva interdisciplinar e devem, de um lado, mergulhar no âmago e nos dilemas da cultura, e por outro, propor diretrizes e práticas educativas, científicas e tecnológicas que respondam às demandas socioculturais, tendo em vista assimetrias e exclusões educacionais, sociais, culturais, linguísticas e econômicas historicamente presentes/ausentes.

Linha 2: Crítica, interpretação e história das formas da arte


Esta linha tem por foco a dimensão estética da cultura em suas múltiplas possibilidades: leituras críticas inerentes às distintas formas de expressão artística, interpretação e prática das habilidades, (re)escrita de uma história das formas da arte.

 

Aspectos educacionais, históricos, sociais, políticos, turísticos e econômicos são relevantes para uma abordagem analítica da cultura manifestadas na música, dança, pintura, escultura, literatura, fotografia, teatro e cinema. (I)Materialidades artísticoculturais constituem seminais formas de se (re)estabelecer uma conexão entre patrimônio e história.

 

São recomendadas iniciativas que se debrucem por mais de uma forma de arte, buscando estabelecer diálogos interartes, seja do ponto de vista da apreciação estética, seja pelo viés de uma teoria e crítica próprias. Nessa perspectiva, amplia-se para relações com domínios público e privado e para articulação de políticas públicas de promoção e incentivo às artes, compreendendo-as como condição sine qua non ao pleno exercício da cidadania.

Linha 3: Espaços, memórias e configurações sociais 


A presente linha abriga iniciativas que problematizam questões relativas à dimensão identitária da cultura e que concorrem para uma análise singular das configurações sociais.

 

São relevantes para esta linha investigativa aspectos que envolvem estudos acerca da etnicidade e processos de construção de identidades contrastivas e situacionais dos grupos nas suas interações com o político, o social, o linguístico, o ambiental, o espacial, o territorial e o estético a partir de manifestações sociais e culturais demarcadas por pautas específicas. Tais manifestações podem se dar por novos movimentos sociais, práticas, representações, expressões e artefatos culturais, conhecimentos tradicionais e lugares, cuja tônica tem sido estabelecida a partir da relação entre a perspectiva local e a global.

 

As categorias, grupos sociais, tecnologias de informação e comunicação, e ainda, formas de expressão cultural e sociabilidade, bem como a (re)invenção da memória e da história são significativas para uma abordagem interdisciplinar que busca uma leitura da dimensão identitária da cultura.

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